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Motoboys trabalham em regime de escravidão para empresas de aplicativo de motofrete

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Motoboys trabalham em regime de escravidão para empresas de aplicativo de motofrete

Data Post 30/11/-0001

Motoboys trabalham em regime de escravidão para empresas de aplicativo de motofrete
Ontem (14/06/2016), no decorrer do dia, centenas de motoboys da Loggi e Rapiddo estiveram no SindimotoSP para denunciar práticas abusivas. O presidente Gil e sua diretoria ouviram as diversas queixas e já estão tomando as devidas providências. Vale ressaltar que o SindimotoSP não é contra a questão dos aplicativos, mas, quer a regulamentação desse setor.
A Lei Áurea aboliu a escravatura no Brasil em 1888. Mas você sabia que ainda hoje existem trabalhadores em situação de escravidão em nosso país? E isso está acontecendo aqui em São Paulo em pleno século XXI com os motociclistas que trabalham para essas empresas de aplicativo. Antes, elas ofereciam o paraíso, tratavam os profissionais como amigos, distribuíam simpatia e brindes para seduzir o trabalhador com altos ganhos, mas, passado o tempo, essas empresas até então com cara (e jeito) de cordeiro revelaram-se lobos vorazes e interessados em uma única coisa: explorar o motociclista. Estas empresas precisam entender que o setor é regulamentado e possui Convenções Coletivas com direitos conquistados.
As promessas no começo do cadastro dos profissionais eram salário de R$ 5 mil, jornada de trabalho flexível, entre outras fantasias, mas, atualmente, as empresas sistematicamente vêm “surrupiando” o prometido, aumentando os lucros e exigindo do trabalhador serviço escravo. Os motociclistas que trabalham para essas empresas, tem custo fixo que gira em torno de R$ 2 mil fixo por mês, agora as mesmas que tratavam eles como parceiros, não conseguem dialogar com as empresas, mas, segundo informações dos próprios, estão sendo coagidos com o recado de que serão bloqueados no sistema de Apps. Aliás, as empresas estão promovendo práticas anti sindicais porque o motoboy tem direito de consultar seu sindicato, elas também não podem vigiar o profissional a não ser durante o período em que ele está exercendo o trabalho, fora disso, ele tem o direito de ir e vir há qualquer lugar.
Portanto, na reunião de ontem, os funcionários pedirem intervenção do SindimotoSP nas seguintes situações:
1.      Criação de um instrumento jurídico para regularizar preço fixo por serviço, local de parada, km rodado e tempo de espera.
2.      Benefícios como café da manha, Almoço, no caso do Delivery a noite Janta, Cesta Básica, aluguel de moto etc.
3.      Fim do leilão de preços entre as empresas de aplicativos.
4.      Participação nos lucros das empresas.
5.      Espaço adequado para espera com água mineral, espaço para descanso, banheiro e local de refeição.
6.      Limite de profissionais no quadro de prestadores de serviço.
7.      Valor repassado ao motociclista profissional conforme tabela.
8.      Desobrigação do uso de baú e jaqueta com identificação das empresas que colocam em risco a segurança do profissional.
9.      Fim da  pressão para entregas mais rápidas.
10.  Identificação do produto a ser entregue, para fim de roubo/perda/danos e obrigação da empresa em custeá-los.
O SindimotoSP, diante da denúncia de escravidão da categoria, não só repudia as diretrizes gananciosas das empresas como já ajuizou denúncia no Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público do Trabalho que, inclusive, já determinou em audiência explicações para as referidas empresas sobre as atividades exercidas. Aliás, o trabalhador que foi desligado ou estiver sendo monitorado fora do tempo de entrega, deve denunciar ao SindimotoSP.
Mais informações há qualquer momento.

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